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A EXISTÊNCIA DE DEUS

A EXISTÊNCIA DE DEUS

 

Por que a existência de Deus é essencial à teologia sistemática?

 

Se a Teologia é a ciência de Deus, a Sua existência é necessária para estudar detalhadamente.

 

A veracidade do fato: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” (Romanos 11:36) força o raciocínio de termos de estudarmos dEste Deus em qualquer ramo de doutrina Bíblica. A teologia começa com duas verdades assumidas: 

 

1) que Deus existe, e 

2) Este Deus se revelou na Sua Palavra divina (Berkhof, p.19). 

 

Se Deus existe, o homem pode conhecer algo de si mesmo, pois Deus o criou; algo do mundo, pois Deus é a sua causa; algo sobre o universo, pois existe para a glória dEle. Se não tiver um Deus, nada pode ser compreendido satisfatoriamente, e tudo existe ou por sorte ou acaso, em uma densa confusão de trevas (Pendleton, p. 12). 

 

Devemos provar a existência de Deus?

 

A Bíblia não procura a existência de Deus, pois assume e declara-O. Mesmo que podessemos provar essa existência por varias verdades, é melhor crê pela fé o que a Bíblia assume e declara. Como podemos provar a existência de Deus? Mesmo que podessemos provar, por vários métodos, que Deus existe, nunca pode a mente finita compreender O Infinito: “Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? E mais profunda do que o inferno, que poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o mar” (Jó 11:7-9). Entramos nesse assunto com reverencia e a certeza que não podemos entender tudo sobre o assunto. 

 

Na filosofia, é admitido que existam ‘verdades primárias’ das quais seguem todo raciocínio. Entre essas ‘verdades primárias’ é a crença de ‘causa e efeito’. A existência de Deus, então é provada pelo bom senso da mente não preconceituosa. 

 

A crença da existência de Deus é inato à mente do homem pois enquanto a consciência do homem é desenvolvida com o avanço de idade, ela é iluminada para naturalmente reconhecer este Deus vivo e verdadeiro pelas obras de criação e a providencia divina (Atos 14:16,17; 17:24-28; Romanos 1:19,20). Na realidade, não são essas observações que ensinam a existência de Deus à consciência do homem, mas as observações estimulam e confirmam a verdade inata que está naturalmente na mente. Por isso é dito “as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua divindade, se entendem... pelas coisas que estão criadas...” (Romanos 1:20, Shedd, Vol. III, páginas 198-199). “As coisas criadas” estimulam aquilo que é inato na mente do homem: a existência de um Justo, Santo, e Onipotente Deus (veja: João 1:4,5. Versículo 4 reconheça a idéia inata de Deus no homem enquanto versículo 5 manifesta a culpa que o homem tem por não submeter-se a este Deus - Shedd). “Por isso as nações do mundo sempre tenham mais uma tendência à idolatria do que ao ateísmo, mais à multiplicidade de deuses do que à negação da deidade” (citação de Charnocke por Shedd). A inferência racional que o homens fazem, “desde a criação do mundo”, que há um Deus revela que a existência de Deus é inato ao homem. 

 

Hebreus 3:4, “Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus” nos apresenta o argumento Cosmológico. O efeito necessita uma Causa. A Causa deve ser antes do efeito (João 1:1). Se no principio criou Deus os céus e a terra, Ele é antes da criação, portanto antes do tempo, ou existente e eterno. 

 

Salmos 94:9, “Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?” O argumento Teleológico diz o designo requer um Engenheiro, a lei sugere um Legislador, a ordem aponta ao Organizador, um universo racional implica a existência de uma causa primária que é racional, a criatura necessita de um Criador – que é Deus. Não inclui somente o mundo de matéria (ouvido e olho) mas também o intelectual, Salmos 95:10, “E o que ensina ao homem o conhecimento, não saberá?”

 

Romanos 2:14,15, “Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;” e a base do Argumento Moral. A consciência do homem testifica à necessidade da obediência e a retidão da condenação diante da desobediência. Isso deduz que existe um Juiz justo – que é Deus.

 

A historia da humanidade nos diz que as nações pagãs, na maioria, crêem num ser Superior. Abimeleque, um rei de Palestina, reconheceu Jeová (Gênesis 20:3-8), Faraó reconheceu o espírito de Deus em José (Gênesis 41:38), Jetro, o sogro de Moisés, deu conselhos de um homem temente a Deus (Êxodo 18:9-12, 19-23), Balaão, ainda na Mesopotâmia, proclama a verdade de um Deus soberano (Números 24:16). Essas atualidades estabelecem o Argumento Histórico.

 

A Existência de Deus

 

As causas da existência de Deus existem em Si mesmo. “A existência de Deus tem sido referida como sendo o mistério maior, mas nos fornece uma chave para abrir milhares de outros mistérios” (Pendleton, p. 12). A Sua existência é assumida como natural pela lógica racional e pela Bíblia. A lógica diz: a existência de Deus é antes das doutrinas que tratam de Deus. A Bíblia diz: Gênesis 1:1, “No principio Deus criou os céus e a terra”. 

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